Governo do Pará atrai empresa para investimento em Breves, no Marajó

Governo do Pará atrai empresa para investimento em Breves, no Marajó

O investimento em fase de georreferenciamento tem projeção de gerar até 100 empregos na primeira fase com produção de polpas de frutas.

Governo do Pará atrai empresa para investimento em Breves, no Marajó
Foto: Igor Nascimento / Ascom Codec

O Governo do Pará, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), recebeu, nesta terça-feira (8), representantes da empresa Allmazon, que está em tratativas para instalar uma fábrica de processamento de polpas, principalmente de açaí, e de uma usina de biomassa no município de Breves, no Arquipélago do Marajó.

O encontro contou com a presença do secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Carlos Ledo, e da deputada estadual eleita, Andreia Xarão (MDB).

O investimento inicial é de R$18 milhões, para a implantação de uma unidade industrial de 100 mil metros quadrados dentro do Distrito Industrial de Breves. O projeto está em fase de georreferenciamento e trâmites para a transferência da titularidade da área, de 163 hectares, para a Codec, órgão do governo estadual, responsável pela implantação de gestão de Distritos Industriais (DIs).

De acordo com representantes da empresa, a escolha da área de implantação em Breves se deu por fatores logísticos, entre eles, a facilidade do escoamento da produção para grandes portos do Pará. Em tratativas com a gestão estadual desde abril de 2022, a empresa pretende comercializar polpas, principalmente de açaí, mas também de outros frutos, como cupuaçu, goiaba, acerola, bacuri, taperebá e graviola.

A fase inicial, de comercialização de polpas, será seguida de um segundo momento, em que a empresa pretende comercializar outros produtos derivados e acabados. A expectativa é de gerar 60 a 100 empregos na 1ª fase e impactar positivamente até 3 mil famílias. Antes de decidir pela implantação no Pará, a empresa avaliou implantar-se em Manaus (AM) e no Estado do Acre, mas acabou optando pelo Pará, em razão das melhores condições logísticas e da matéria-prima. O empreendimento terá capacidade de produzir 180 toneladas de polpa/dia. 

“Nós estamos convencidos de todos os benefícios que a chegada da Allmazon trará ao Pará, contribuindo para a geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico e social para o município de Breves e para toda a região. Agora, vamos acelerar a implantação do Distrito Industrial para que a Allmazon se torne a empresa âncora do DI, atraindo outras empresas para que possam se somar ao desenvolvimento e diversificação das atividades econômicas em Breves”, afirmou o titular da Codec, Lutfala Bitar.

Para o prefeito de Breves, Xarão Leão, a chegada do novo investimento traz esperança para a população. “A paralisação das madeireiras há alguns anos, principal setor empregador do município, causou o desemprego de 10% da nossa população, algo que nos trouxe uma preocupação muito grande e, desde então, viemos trabalhando para reverter isso”.

“Agora, graças ao olhar diferenciado para o Marajó, do nosso governador Helder, estamos aqui com a Codec trabalhando no nosso objetivo de implantar o Distrito Industrial de Breves. Com esse projeto da Allmazon, temos a possibilidade de gerar muitos empregos diretos e indiretos, beneficiando principalmente a população mais carente da nossa região, que é a população ribeirinha, devido à logística da nossa região. Por isso, esse projeto traz um alívio e uma esperança de que poderemos ter dias melhores”, disse o gestor municipal. 

Rogério Gomes, sócio da empresa acredita na utilização de mão-de-obra local para o sucesso do empreendimento. “A nossa expectativa é muito grande. Temos certeza de que não se trata só de um projeto, nós acreditamos e já enxergamos a coisa acontecendo e temos muita certeza de que isso trará muitas mudanças para Breves e toda a região do Marajó, com emprego, conhecimento e qualificação. Nós somos de Minas [Gerais], onde o forte é a mineração e aqui, além da mineração, temos o açaí, que também é muito forte, mas o conhecimento sobre os potenciais disso ainda não estão no patamar ideal, por isso, dentro do projeto, teremos parceria com o Sebrae, Sesi e outras instituições para a qualificação de mão-de-obra também”, explicou. 

Foto: Igor Nascimento / Ascom Codec

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